segunda-feira, 24 de março de 2014

CONTEÚDO DAS AVALIAÇÕES DE BIOLOGIA - 3ª SÉRIE - I BIMESTRE - 24 DE MARÇO DE 2014


Gabarito:  3ª Série / E.Médio

Resposta da questão 1:
 [A]

O ciclo 1 refere-se à transmissão do vírus da raiva. O ciclo 2 mostra a transmissão do vírus da febre amarela, incluindo o ciclo silvestre e o urbano.  

Resposta da questão 2:
 F – V – V – V – V.

Os vírus não apresentam metabolismo próprio. Eles dependem totalmente do equipamento das células hospedeiras para a produção de novos vírus.  

Resposta da questão 3:
 [B]

O vírus HIV, causador da AIDS, é um retrovírus, isto é, ele é capaz de produzir DNA a partir de seu RNA. Para tanto, o vírus transporta e utiliza a enzima transcriptase reversa. O HIV utiliza os receptores CD4, presentes na membrana dos linfócitos T, para penetrar nas células hospedeiras.  

Resposta da questão 4:
 01 + 02 + 04 = 07.

[08] Incorreto: Herpes e poliomielite são infecções causadas por vírus.  

Resposta da questão 5:
 [C]

A dengue hemorrágica é causada por um vírus, e a transmissão se faz pela picada da fêmea contaminada do mosquito Aedes aegypti.  

Resposta da questão 6:
 [C]

A amebíase é uma infecção causada pelo prótoctista (protozoário) Entamoeba histolytica e transmitida pela ingestão dos cistos do micro-organismo ingeridos com água e/ou alimentos contaminados. O saneamento básico é uma forma importante para romper a transmissão do agente, que se faz por fezes dos portadores.  

Resposta da questão 7:
 [A]

De acordo com o texto, as bactérias podem interferir na formação dos oocistos resultantes do processo de fecundação dos gametas masculino e feminino, no interior do mosquito Anopheles fêmea. Dessa forma, conclui-se que o mosquito é o hospedeiro definitivo do Plasmodium falciparium.  

Resposta da questão 8:
 [E]

As bactérias citadas são bacilos pertencentes a gêneros e espécies diferentes.  

Resposta da questão 9:
 [D]

Nas áreas ocupadas em torno da usina de Belo Monte, os seres humanos ficam mais expostos aos mosquitos transmissores de doenças infecciosas como a dengue, malária, leishmaniose, etc.  

Resposta da questão 10:
 [C]

Os protozoários são protoctistas unicelulares, eucariontes e heterotróficos. Vivem no mar, em águas continentais, no solo úmido ou associados a outros organismos vivos. A digestão em protozoários é exclusivamente intracelular, sob a ação das enzimas lisossômicas.  

Resposta da questão 11:
 [A]

A malária é uma doença tropical endêmica na América do Sul, já que sua incidência é estável e atinge uma área restrita desse continente.  

Resposta da questão 12:
 [D]

A bactéria Zi, em presença do antibiótico A, teve dificuldade em sintetizar moléculas de RNA, interferindo na síntese proteica. Por outro lado, a constituição genética da bactéria Wu permite a sobrevivência dela no meio contendo o antibiótico A. Ocorreu, então, uma conjugação entre as bactérias Wu e Zi, que consistiu na transferência de DNA da bactéria Wu para a bactéria Zi, tornando-a resistente ao antibiótico A  

domingo, 23 de março de 2014

GABARITO DA AVALIAÇÃO DE BIOLOGIA - 2ª SÉRIE / ENSINO MÉDIO


Gabarito:  2ª SÉRIE / E.MÉDIO

Resposta da questão 1:
 04 + 16 = 20.

Gabarito Oficial: 04 + 16 = 20


Nos cnidários, também denominados celenterados, não há sistema circulatório.
Estes animais apresentam dois folhetos embrionários – ectoderme e endoderme –, sendo então denominados diblásticos. Não apresentando celoma que é uma cavidade revestida por mesoderme. 

Resposta da questão 2:
 04 + 08 + 16 = 28.

[01] Falso. A derme e o tecido muscular apresentam origem embrionária mesodérmica.
[02] Falso. O sulco neural formado pela ectoderme no dorso dos embriões dos cordados origina o tubo neural. A notocorda possui origem mesodérmica e é substituída pela coluna vertebral nos cordados vertebrados. 

Resposta da questão 3:
 [D]

Em mamíferos, o córion e as células trofoblásticas determinam a formação da placenta que garante o suprimento de oxigênio e nutrientes ao embrião durante o desenvolvimento embrionário. 

Resposta da questão 4:
 [A]

A fecundação cruzada entre os animais hermafroditas aumenta a variabilidade genética em relação à autofecundação. Dessa forma, os moluscos apresentam maiores chances de sobreviver em ambientes que se modificam. 

Resposta da questão 5:
 [B]

Durante a gastrulação são formados os folhetos germinativos ou tecidos primordiais do embrião. A mesoderme é responsável pela formação do músculo cardíaco, dos vasos sanguíneos e das células do sangue. 

Resposta da questão 6:
 [D]

Os anfíbios possuem ovos heterolécitos com segmentação total e desigual. Os blastômeros situados no polo animal são menores (micrômeros) enquanto os localizados no polo vegetativo são maiores (macrômeros. Ablástula é maciça, com a blastocela deslocada para o polo animal. 

Resposta da questão 7:
 [B]

A classe Anthozoa apresenta apenas formas polipoides, dessa forma, o ponto 3 indica a perda da fase medusoide. 

Resposta da questão 8:
 [A]

Os animais do filo Poríferos (Espongiários) são monoicos ou dioicos. A fecundação é interna e o desenvolvimento ocorre por meio de uma fase larvária, denominada antiblástula ou parênquimula. 

Resposta da questão 9:
 [D]
São protostômios: nematelmintos, anelídeos, artrópodes e moluscos. São deuterostômios os equinodermas e os cordados.
 

Resposta da questão 10:
 [D] 

Resposta da questão 11:
 [E] 

Resposta da questão 12:
 [D]  

GABARITO DA AVALIAÇÃO DE BIOLOGIA - 1ª SÉRIE / ENSINO MÉDIO


Gabarito:  1ª SÉRIE / E.MÉDIO

Resposta da questão 1:
 [D]

Em geral, o aquecimento aumenta as taxas de uma reação catalisada por enzima, porque sob temperaturas mais altas, uma maior proporção das moléculas do reagente tem energia cinética suficiente para prover energia de ativação da reação. No entanto, as enzimas apresentam uma temperatura ótima para o funcionamento. Temperaturas que ultrapassem essa temperatura ótima podem alterar a estrutura terciária, e as enzimas se tornam desnaturadas e perdem sua função. Algumas enzimas desnaturam ligeiramente acima da temperatura do corpo humano, enquanto outras são estáveis mesmo nos pontos de ebulição ou de congelamento da água. 

Resposta da questão 2:
 [A]

A tabela mostra os teores de carboidratos nas bebidas relacionadas. Como os açúcares são metabolizados para a produção de energia, temos, do mais para o menos energético: refrigerantes de cola, energético 2, energético 1 e refrigerante de cola dietético. 

Resposta da questão 3:
 [D]

Louis Pasteur demonstrou em 1861, por meio de experimentos simples e conclusivos, que a vida não pode surgir de forma espontânea. Ele confirmou a hipótese conhecida como biogênese, isto é, um ser vivo pode surgir a partir de outro.  

Resposta da questão 4:
 [C]

III. Falso: A água não dissolve gorduras. Os lipídios são substâncias apolares que se dissolvem em solventes apolares, tais como o álcool, éter, acetona, etc. 

Resposta da questão 5:
 [E]

O colesterol considerado como prejudicial à saúde é o LDL (low density lipoprotein) ou colesterol de baixa densidade. Esse lipídio pode causar a formação de placas que obstruem as artérias levando a acidentes cardiovasculares. Os ácidos graxos úteis para a saúde humana são os ácidos oleico e linoleico, encontrados, por exemplo, no azeite e oliva. 

Resposta da questão 6:
 [C]

O DNA apresenta duas fitas complementares na sua estrutura, as bases que encontramos neste ácido nucleico são Adenina, Citosina, Guanina e Timina. E o açúcar encontrado é a desoxirribose. Já no RNA somente uma fita é encontrada e nela encontramos Adenina, Citosina, Guanina e Uracila (exclusivo do RNA). E o açúcar correspondente é a ribose. 

Resposta da questão 7:
 [D]

[II] Incorreto: A deficiência de iodo na alimentação causa hipertireoidismo. O iodo é essencial para a produção dos hormônios tireoideanos tiroxina (tetraiodotironina) e T3 (triiodotironina). 

Resposta da questão 8:
 [A]

O calciferol (calcitriol ou vitamina D) obtido na alimentação é importante para a perfeita calcificação óssea e dentária. 

Resposta da questão 9:
 [B]

2. Falso: Os coacervados são, provavelmente, os precursores das primeiras células. 

Resposta da questão 10:
 [B]

[II] Incorreto: As bactérias, atualmente, são micro-organismos procariotos e heterotróficos. 

Resposta da questão 11:
 [C]

[IV]. Falso: O experimento é conclusivo e independe da padronização da quantidade de carne nos dois frascos.

[V]. Falso: A matéria em decomposição não produz vermes. As larvas aparecem após o desenvolvimento dos ovos de mosca depositados sobre a carne em decomposição.

[VI]. Falso: Os vermes só apareceram sobre a carne no frasco A. 

Resposta da questão 12:
 [A]
As enzimas são catalizadores, ou seja, são proteínas que diminuem a energia de ativação de reações químicas.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Reprodução e desenvolvimento embrionário.

Reprodução


Podemos definir reprodução de várias maneiras distintas. Entre as definições temos:
• É a capacidade que têm os seres vivos de , ao atingirem certo estágio de desenvolvimento originar outros semelhantes.
• Processo pelo qual os seres vivos perpetuam suas espécies através do tempo e do espaço, produzindo outros seres semelhantes a si mesmo.
Os seres vivos apresentam vários tipos de reprodução, mas todos esses tipos podem ser agrupados em duas grandes categorias: a reprodução assexuada e reprodução sexuada.
1. Reprodução Assexuada ou Agâmica
Esta reprodução é individual e sem a participação de gametas. Esse processo leva à formação de descendentes geneticamente iguais entre si e aos seus ancestrais, formando o que podemos chamar clone.
A reprodução assexuada não permite a recombinação genética nem a variabilidade da espécie. Todos os indivíduos de uma linhagem são idênticos entre si.
A reprodução assexuada compreende basicamente a divisão binária e a divisão múltipla.
a) Divisão binária ou bipartição ou cissiparidade

Neste processo, a célula que constitui o corpo do indivíduo se divide por mitose em outras duas idênticas. Este mecanismo ocorre tanto com os seres procariontes como os eucariontes.
Exemplos: protozoários e bactérias
b) Divisão múltipla

Consiste na segmentação do corpo do indivíduo, originando diversos segmentos com capacidade de formar novos indivíduos completos. Ela compreende alguns processos distintos, como a gemulação, a esporulação, a esquizogamia.

A gemulação, também chamada de gemiparidade ou brotamento, é uma forma que pode ser observada nos unicelulares e pluricelulares. Caracteriza-se pelo aparecimento de brotos ou gemas, que surgem e crescem ligados ao organismo inicial e que podem, ou não, dele se desprender em certa época da vida.
Exemplos. Celenterado (hydra), porífero e fungos unicelulares.A esporulação ocorre a partir de células especiais chamadas esporos. Que diferem dos gamestas pela sua capacidade de “germinação”, reproduzindo-se através de mitoses até originar indivíduos completos.. Alguns esporos são móveis, pela presença de flagelos (zoósporo) ou imóveis (aplanósporos).
Ex. Algumas bactérias e fungos.
A esquizogamia é uma forma de reprodução comum aos protozoários esporozoários, como o Plasmodium malariae. caracteriza-se pela fragmentação do núcleo da célula. Cada um desses fragmentos cerca-se de uma porção de citoplasma e membrana, formando esporos que darão origem a novos indivíduos.

1. Reprodução Sexuada ou Gâmica

O que caracteriza a reprodução sexuada é sua ocorrência à custa de células especialmente formada para a finalidade reprodutiva, chamados gametas. Essas células são produzidas por órgãos especiais denominados como gônadas. Esta reprodução permite uma variabilidade das espécies, pois há recombinação genética.
Basicamente, podemos distinguir dois mecanismos: a conjugação e a fecundação.a) Conjugação
Nesta reprodução não há propriamente a formação de gametas, nem existem gônadas, mas há uma troca de material genético entre as células, promovendo em cada uma dela uma recombinação genética. Após esta troca, as células separam-se, e cada qual dará origem a novos seres.
Exemplos. Algumas bactérias e protozoário (paramecium).
b) Fecundação 
É a forma mais típica e evoluída de reprodução sexuada. Consiste na união de dois gametas sexualmente opostos, masculino e feminino, resultando o aparecimento da célula-ovo ou zigoto.
A fecundação constitui a única fonte adequada para a variação do organismo, pois em uma só célula, o zigoto, reúne o material hereditário de duas outras que determinam as características do novo ser.

Aspectos da Fecundação

a) Quanto aos aspectos morfológicos e fisiológicos dos gametas
Isogamia: quando os gametas são morfofisiologicamente iguais. Ex. Algas biflageladas.- Heterogamia: Gametas diferentes, quanto a função (heterogamia fisiológica) ou quanto a forma (heterogamia morefológica). Ex. Mamíferos
b) Quanto ao local da fecundação
- Externa: Ocorre no meio ambiente, mais particularmente na água. Neste caso há participam muitos gametas, para aumentar a chance do encontro casual entre eles, originando inúmeros zigotos, Ex. anfíbios, celenterados e peixes ósseos.
- Interna: Ocorre no interior do organismo materno, exigindo o ato sexual (coito ou cópula). Ex. Peixes cartilaginosos, répteis, aves e mamíferos.
Outras características da reprodução gâmica
a)A Partenogênese (parthenos = virgem, gênesis = origem)
Neste caso, o óvulo é capaz de entrar em desenvolvimento sem a participação do gameta masculino, ou seja, é a formação embrionária de um indivíduo a partir de um único gameta, o óvulo.
A partenogênese pode ser arrenótoca, quando os óvulos partenogenéticos originam apenas machos (abelhas = zangões) e telítoca, quando originam apenas fêmeas ( vermes aquáticos).
a)PedogêneseQuando a partenogênese ocorre com a fêmea ainda imatura, isto é, ma fase de larva. Ex. alguns platelmintos (vermes) e moscas.
b)NeoteniaÉ a capacidade apresentada por determinadas larvas de alguns anfíbios em alcançarem a maturidade sexual mesmo neste estágio. Ex. salamandra.
c) Metagênese ou Alternância de GeraçõesÉ a capacidade que tem alguns seres de alterarem durante o seu ciclo vital, a reprodução assexuada e sexuada.
Os celenterados, por exemplo possuem em uma fase de sua vida a reprodução assexuada , por brotamento. Essa nova geração quando adulta irá se reproduzir sexuadamente.
a) Monóicos ou HermafroditasSão indivíduos que possuem gônadas masculinas e femininas. Ex. Minhocas.
b) Dimorfismo sexualNos animais unissexuados ou dióicos, isto é, que apresentam sexos separados, as diferenças entre macho e fêmeas podem não estar limitadas aos órgãos sexuais, mas estendem-se a caracteres morfológicos.
Exemplos: Nos insetos, as fêmeas são maiores que os machos.
c)PoliembrioniaÉ o desenvolvimento de vários embriões a partir de um único ovo.
Na espécie humana, os gêmeos univitelinos originam-se por esse fenômeno. Como essas crianças provêm do mesmo ovo, são idênticas, inclusive no sexo.



Gametogênese

É o processo de formação dos gametas. Como são dois tipos de gametas, são dois processos distintos:
- Espermatogênese
- Ovogênese ou Ovulogênese
Espermatogênese

Formação dos espermatozóides. Inicia-se já durante o desenvolvimento embrionário.
Nos testículos do embrião, células diplóides denominadas células germinativas passam a sofrer sucessivas divisões mitóticas, dando origem a várias espermatogônias. A formação das espermatogônias é um processo lento até o homem atingir a puberdade, em seguida intensificado.
Na puberdade, algumas espermatogônias iniciam o processo de meiose, passando antes pelo período de crescimento, aumentando um pouco seu volume, denominando-se espermatócitos primários. Cada espermatócito passa pelo período de maturação , onde ocorre a meiose, formando os espermatocitos secundários,. Em seguida, ainda por meiose, formam-se as espermátides.Em todo o mecanismo são quatro etapas:
- período germinativo
- período de crescimento
- período de maturação
- período de diferenciação ou espermiogênese
Período germinativo: as células são diplóides, sofrem sucessivas divisões celulares mitóticas, dando origem a grande número de espermatogônias, também diplóides.
Período de crescimento: cada espermatogônia torna-se maior e recebe o nome de espermatócito I ou espermatócito de primeira ordem.
Período de maturação: cada espermatócito sofre a meiose I, originando os espermatócito II ou de primeira ordem, que são haplóides; na divisão II da meiose, cada espermatócito II dará origem a espermátide, que também é haplóide.
Período de diferenciação: diferenciação das espermátides em espermatozóides.
O espermatozóide humano pode ser dividido em três regiões: a cabeça, peça intermediária e cauda. Na cabeça situam-se o núcleo e o capúz acrossômico. Este capuz é uma transformação do complexo de Golgi, onde estão as enzimas que irão digerir a membrana do óvulo, na fecundação. A peça intermediária apresenta muitas mitocôndrias, para liberação de energia necessária a movimentação do flagelo.

Ovogênese ou Ovulogênese

A formação dos óvulos, inicia-se durante o desenvolvimento embrionário da mulher, a partir de células germinativas localizadas nos ovários.
Processa-se em três etapas:
- período germinativo
- período de crescimento
- período de maturaçãoPeríodo germinativo - termina na vida intra-uterina ou completa-se logo após o nascimento. Logo, a mulher quando nasce, já tem suas oogônias formadas.
Período de crescimento - as oogônias aumentam muito de tamanho, originando ovócito I, devido a síntese de vitelo ou deutoplasma, substância orgânica que irá nutrir o embrião.
Período de maturação - tanto na meiose I como na meiose II, formam-se células com tamanhos diferentes. As células menores são os glóbulos polares e não funcionais, degenerando-se.
O óvulo é uma célula imóvel e muito maior que o espermatozóide. No seu citoplasma encontramos o vitelo.
A quantidade de vitelo é variável nos diferentes óvulos, varia também a localização em relação ao seu citoplasma e ao núcleo. Esses dois caracteres permitem classificar os óvulos em diversos tipos:
Alécito: pouco vitelo, homogeneamente no citoplasma, com perda a seguir. Ex.: mamíferos.
Isolécito ou oligolécito: possui pouco vitelo, homegeniamente distribuído no citoplasma.
Ex.: Equinodermos e cefalocordados (anfioxo)
Heterolécito: Muito vitelo. Distinção entre o pólo animal que contém o núcleo, e o pólo vegetal, que contém o vitelo. Ex.: Peixes (alguns) e anfíbios.
Telolécito: Óvulos grandes, com muito vitelo no pólo vegetativo. Nítida separação entre o citoplasma e o vitelo, no pólo animal. Ex.: Peixes (alguns), répteis e aves.
Centrolécito: Vitelo ocupa praticamente toda a célula e não se mistura ao citoplasma, que é reduzido a uma pequena região na periferia da célula e junto ao núcleo. Ex. Insetos.



O Desenvolvimento do Embrião

1. Fertilização



Depois da ovulação, o óvulo (ovócito II) cai na trompa de Falópio e passa lentamente para o útero. A fertilização (fecundação) ocorre na trompa de Falópio, sendo o ovócito II penetrado, geralmente, por um único espermatozóide. Cada célula humana, com exceção do óvulo e do espermatozóide transporta 46 cromossomos, encontrados aos pares, sendo 22 pares de cromossomos somáticos (autossômicos) e um par de cromossomos sexuais (alossomos). Já os gametas (masculino e feminino), contém a metade do número total, ou seja, 23 cromossomos individualizados, sendo 22 somáticos e 1 sexual. O cromossomo sexual no espermatozóide pode ser do tipo X ou Y, o óvulo apenas X.


Nas células somáticas, podemos representar os cromossomos por:
• No homem: 44 A + XY
• Na mulher: 44 A + XX

Nas células reprodutoras, podemos representar os cromossomos por:
• No homem: 22 A + X ou 22 A + Y
• Na mulher: 22 A + X

O cromossomo Y é exclusivo do sexo masculino. Logo, determina o sexo do indivíduo. 
Exemplo. Fêmea + Macho
AX + AX = 2AXX
AX + AY = 2AXY


2. Segmentação



A segmentação consiste em uma série de divisões do ovo, através de mitose. Inicialmente o ovo se divide em duas células, as duas em quatro e assim sucessivamente até atingir uma média de 32 células embrionárias, constituindo uma figura com aspecto de uma amora denominada mórula, por volta de 3 a 4 dias.
As células que resultam das divisões do ovo, denominam-se blastômeros. 
Na formação da mórula, as células se multiplicam sem que haja prévio aumento do volume, assim elas se tornam menores a cada divisão.
mórula desce pela trompa de Falópio e vai absorvendo líquido. A medida que os líquidos penetram no interior da mórula, aumenta a pressão interna, fazendo com que os blastômeros sejam deslocados para a periferia. Dessa maneira, transformando-se progressivamente em blastocistos.


blastocistos apresenta uma camada envoltora de células, denominadas trofoblastos e uma cavidade central chamada blastocele. 
O trofoblasto sustenta em um dos pólos um amontoado de blastômeros, que é o embrioblasto. O trofoblasto deverá originar a placenta. O embrião e demais anexos embrionários se originarão a partir do embrioblasto.

Ao chegar a cavidade uterina, o blastocisto encontra o endométrio aumentado de espessura por ação do estrógeno e progesterona produzidos pelos ovários.
O trofoblasto, então segrega e elimina enzimas proteolíticas que degerem uma pequena porção do endométrio, originando uma minúscula cavidade, onde penetra todo o blastocisto. Este fenômeno é conhecido como nidação do ovo (castelhano = ninho). Este fato ocorre de quatro a seis dias após a fecundação. Em seguida, o endométrio se cicatriza por cima do blatocisto, deixando-o embutido na sua estrutura. Por proliferação, as células do trofoblasto vão formando cordões celulares que infiltram pelo endométrio, surgindo assim as vilosidades coriais, que posteriormente originarão a placenta.
No embrioblato, as células se organizam formando duas cavidades; a vesícula amniótica e a vesícula vitelínica. Entre essas cavidades, ficam duas camadas de células: o ectoderme e o endoderme, que juntas formam o disco embrionário. O disco embrionário (ecto + endo) começa a recurvar os seus bordos e vai tomando a forma de um balão. As células do ectoderme proliferam mais rapidamente do que as do endoderme, formando assim uma estrutura chamada gástrula. Este mecanismo é denominado de epibolia.


Ectoderme e endoderme são os dois primeiros folhetos embrionários a serem formados. A partir do ectoderme, surgirá o terceiro folheto embrionário, o mesoderme.
O mesoderme surge por proliferação rápida das células do ectoderme, através do aprofundamento do sulco embrionário primitivo, que mergulha seus bordos entre ectoderme e endoderme. Com a formação do terceiro folheto, a gástrula é chamada de tridérmica.
Na parte superior da ectoderme surge um sulco longitudinal atingindo apenas o ectoderme, formando o tubo neural. A gástrula neste ponto denomina-se nêurula.
Formada a gástrula tridérmica, ela já se encontra dotada de celoma (cavidade, espécie de bolsa) , que limita-se por duas lâminas mesodérmicas.
A gástrula é dotada de tubo neural (dará origem ao sistema nervoso), notocorda (será substituída pela coluna vertebral) e arquêntero (dará origem ao intestino).
A esta altura, as células estão em intenso processo de diferenciação celular. Com essa diferenciação, vão surgindo os tecidos embrionários, a partir dos três folhetos iniciais. Desses tecidos embrionários, resultarão os tecidos definitivos que formarão os órgãos e todas as partes do corpo. Esta diferenciação por ocorrer muito cedo, é um fato importante, porque uma lesão neste estágio pode ter conseqüências graves mais tarde. 
Entre os tecidos embrionários, temos o mesênquima, originado do mesoderme. 
O mesênquima dará origem a todos os tecidos conjuntivos e ao tecido muscular.
Pela diferenciação celular na gástrula, tem início a histogênese (formação dos tecidos) e, depois a organogênese (formação dos órgãos e demais partes do corpo). 

Com aproximadamente duas semanas e 1,5 milímetro de diâmetro, o embrião iniciou a gastrulação. A neurulação ocorreu na 4ª semana. Após o final do primeiro mês de gestação, o embrião mede cerca de 5,0 milímetros de comprimento, o coração já se formou. Formam-se os braços e pernas. Após o segundo mês de gestação, o embrião mede cerca de 2,5 centímetros e praticamente toda a organogênese já terminou.
A partir do final do segundo mês de gestação o embrião é referido como feto, havendo, até o nascimento, crescimento e desenvolvimento do indivíduo em formação. 

O homem é um ser triblástico, pois tem origem a partir de três folhetos embrionários: 
a)Ectoderme: epiderme e seus fâneros, mucosa da boca, nariz e ânus, sistema nervoso.
b)Endoderme: tubo digestivo, glândulas anexas ao tubo digestivo, mucosas, sistema digestivo e urinário.
c)Mesoderme: derme, serosas, tecidos conjuntivos, músculos e sistema circulatório.

Filo Porifera - 2ª Série / Ensino Médio - CDB

Animais dotados de poros por todo o corpo, por isso chamados de poríferos, e com um aspecto esponjoso, macio e flexível, podendo ser usados como esponja de banho. São também chamados de espongiários. Predominantemente marinhos, existindo apenas uma família de água doce, a Spongillidae.
Sempre vivem fixos a um substrato, podem estar isolados ou em colônias; são filtradores, possuem um esqueleto silicoso ou calcáreo, não possuem sistema muscular, nervoso e sem diferenciação entre órgãos, por isso chamados parazoários.
Digestão
As esponjas não possuem sistema digestório, e a digestão é exclusivamente intracelular. Se alimentam de pequenas partículas em suspensão na água que circula em seu corpo. Estas partículas entram pelos poros junto com a água, caindo no átrio (ou espongiocele) que é a cavidade interna da esponja e saem pelo ósculo, uma abertura maior. As partículas de alimento que ali entram podem ficar retidas no colarinho de células flageladas chamadas coanócitos, que promovem a movimentação e circulação de água no átrio da esponja, graças à presença de flagelos.
Os coanócitos fagocitam  e digerem parcialmente estas partículas, transferindo-as para os amebócitos, células que compoem a mesogléia, material gelatinoso que preenche o corpo das esponjas. Os amebócitos terminam de digerir as partículas e distribuir por todo o corpo o produto desta digestão.

Coanócito
Sistema nervoso
As esponjas não apresentam sistema nervoso.
Respiração
Também não apresentam sistema respiratório, e as trocas gasosas ocorrem por difusão.
Circulação 
A circulação é basicamente de água, alimento e espermatozóides, que entram pelos poros e saem pelo ósculo, promovida pelo movimento dos flagelos dos coanócitos
Excreção
A excreção é feita por difusão.
Tegumento e esqueleto

Espículas
A parte externa do corpo das esponjas apresenta muitos poros e é formada por células achatadas denominadas pinacócitos, formando a pinacoderme. Os coanócitos também participam desse revestimento.
Na mesogléia existem espículas, estruturas de sustentação que podem ser de calcário ou sílica. As espículas se assemelham com agulhas. Pode possuir também uma rede de proteína, chamada espongina.
Reprodução
Os poríferos podem se reproduzir das seguintes formas:
Assexuada
Brotamento: surge um broto no corpo da esponja, que pode se soltar e dar origem à um novo indivíduo.
Fragmentação: pequenos fragmentos de uma esponja podem dar origem a novosindivíduos, pois as esponjas possuem um grande poder de regeneração.

Gêmula
Gemulação: ocorre em espécies de água doce. Formam-se gêmulas, estruturas de resistência que se formam no interior do corpo da esponja. São compostas por células indiferenciadas e protegidas por um envoltório rígido.
Sexuada: a maior parte das esponjas é hermafrodita. Os gametas são formados em células chamadas gonócitos, que são derivadas dos amebócitos. Os espermatozóides saem da esponja pelo ósculo e penetram em outra esponja pelos poros, junto com a corrente de água. São captados pelos coanócitos e transferidos até os óvulos, que ficam na mesogléia, e promovem a fecundação. Do ovo surgirá uma larva ciliada, de vida livre, que abandona a esponja e nada até se fixar em um substrato e dar origem a um novo indivíduo.















terça-feira, 11 de março de 2014

Filo Cnidaria / 2ª Série do Ensino Médio - CDB

O Filo Cnidária, anteriormente denominado de coelencerata, abrange os animais aquáticos, de forma geral, os marinhos, contudo com alguns representantes de água doce, reunindo em sua totalidade mais de 9 mil espécies representadas principalmente por organismos que vivem isoladamente (hidras, anêmonas-do-mar) e as formas coloniais (as caravelas).

Quanto à organização corporal, esses animais são considerados dibásticos, apresentando dois folhetos germinativos (ectoderma e endoderma), durante o desenvolvimento germinativo, que orientam a formação da estrutura de revestimento corporal em duas camadas: a epiderme e a gastroderme.

Esses animais manifestam dois tipos morfológicos: os pólipos (organismos sésseis) e as medusas (organismos livre-natantes), ambos manifestam orifício bucal por onde o alimento é ingerido, e em seguida transferido à cavidade gastrovascular responsável pela digestão parcial dos nutrientes absorvidos pelas células que revestem essa cavidade, e dessas aos demais tecidos.

Como esse grupo não possui ânus, os resíduos não metabolizados são eliminados também pela boca.

Em sua região superior, existem projeções (os tentáculos) que efetuam tanto a captura de alimentos quanto o mecanismo de defesa, em razão da presença de células especializadas, os cnidoblastos. Esse tipo celular possui, além de um mecanismo disparador de espícula que fere a presa, outro que armazena e libera substâncias urticantes, causando irritabilidade e sensações dolorosas.

A reprodução pode ser assexuada, através da emissão de pequenos brotos que se desprendem dos pólipos, ou sexuada, por meio de gametas dispersos na água, onde fecundam e originam um zigoto.

CARACTERÍSTICAS GERAIS:

Sistema Digestivo – incompleto (intra e extracelular);
Sistema Circulatório – ausente (os alimentos se difundem através da cavidade gastrovascular);
Sistema Respiratório – ausente (trocas gasosas diretamente com o ambiente),
Sistema Excretor – ausente (as excretas são liberadas diretamente no meio extracelular);
Sistema Nervoso – presente (difusamente espalhado pelo corpo)

Classes Representativas: Hydrozoa, Scychozoa e Anthozoa.